NO APAGAR DAS LUZES. NO FINAL DOS CONFETES. Arichon Angelo.
Estamos em mais final de período carnavalesco ou seria melhor dizer de ibernação? Acredito que depois de quarta - feira as pessoas começarão a pensar novamente em seus problemas: desemprego, falta de atendimento médico nos hospitais públicos, violência, a escola do filho o baixo salário e por aí vai.
O carnaval é sem dúvida um canal de entrada de dinheiro na economia. Começando por cima temos os grandes empresários de bebidas, da aviação, dos hoteís, restaurantes e é claro nossos inesquessíveis políticos. Depois em seguida vem os operários formais como os operadores de máquinas das indústrias envolvidas no assunto. Temos os pilotos, co-pilotos, comissários de bordo e outros profissionais ligados ao setor. Ainda neste discorrer, temos os recepcionistas, os garçons, as camareiras, os porteiros e outros que recebem nossos clientes do carnaval.
Há também os pseudosprofissionais desse "grandioso negócio". Sãos os informais comerciantes de oportunidade. Aqueles que procuram aproveitar o momento para ganhar um dinheirinho extra.
Agora depois de todo esse verdadeiro carnaval social voltamos a realidade nada carnavalesca ou seja, voltamos ao mundo real. Sem fatasias, sem maquiagem apenas o mundo real. Será difícil manter uma fantasia de carnaval no sentido figurativo na questão socioeconômica. As pessoas (não todas elas), mas um considerável número manter - se ibernando. Irão acordar meio um final de baile ou mesmo desfile com uma ressaca de ordem física, financeira e até mesmo moral e pensarão ainda da seguinte forma: Graças a Deus que ano que vem tem mais!
A outra parte que é maioria não dirá ou pensará nada. Já estão acostumados e ainda não saíram do estado de ibernação social, política e até mesmo moral. Por que aqueles que saíram ou acham que o fizeram são justamente os que pensam que formam opiniões.
arichonlegis@hotmail.com